Índia, Terra Sagrada das Divindades

Introdução

Para quem segue o Hinduísmo Integral, não há terra mais sagrada que a Índia, embora a Terra em si, seja Ela mesma uma divindade. Digo isso porque, depois de oito visitas ao país indiano, ao longo de dez anos (2013-2023), me sinto à vontade para expressar-me de tal maneira. Aqui posso, enfim, celebrar, no coletivo de uma sociedade, o calendário devocional construído sob influência do panchang que, elaborado por astrólogos e religiosos Hindús, define datas e fases importantes do ciclo anual[i].

O mesmo calendário, enquanto permaneço no Brasil, é celebrado de maneira mais interna ao Templo, no qual nos situamos. Somos poucos na nossa pequena congregação[ii], mas, nas ruas de algumas cidades indianas, compartilhamos nossa fé com uma multidão. Dispomos também de muitos outros templos e de recantos, onde ir meditar e/ou congregar em determinados momentos.

Embora, haja uma infinidade de vertentes no Hinduísmo, tal religião, em sua forma integral, nos dá abertura para nos unirmos em muitas meditações. Pessoas que seguem diferentes linhas devocionais se juntam em torno de festivais, pujas (adorações rituais), peregrinações, parikramas (circum-ambulações) e outros eventos de fé. Sendo assim, a religiosidade ainda maior se transforma, quando, em uma só voz, cantamos para uma Deidade de algum templo em particular, oferecemos lamparinas e flores para a Divindade de algum rio sagrado; ou simplesmente acreditamos no poder dessa Religião mundial (e/ou dessa Terra Sagrada que lhe deu origem).

 

Varanasi, cidade de Shiva

Varanasi fica localizada no estado de Uttar Pradesh, norte da Índia[iii]. Ao chegar nela, vivenciamos um tipo de hospitalidade que só se encontra no país indiano. Fomos recebidos calorosamente, com conforto e tudo que pudesse ser do nosso agrado. Vimos uma Varanasi diferente de anos atrás e, ao mesmo tempo, sempre a mesma. Diferente no sentido de reformada, para melhor, em muitos aspectos. A mesma, por resguardar sua mística espiritual e a afetuosa receptividade de tal esfera devocional.

A esfera pertence a Shiva Shakti, Deus masculino-feminino que, para alguns é não-dual, para outros é dual; e para outros ainda é dual e não-dual ao mesmo tempo. Como o vemos, enfim, dual e não-dual, ou seja, somos diferentes dEle, mas, também unos com Ele. Shiva Shakti permeia todas as coisas, as dinâmicas da vida e os seres viventes. Tudo está nEle, mas, Ele está além de cada coisa, de cada dinâmica e de cada ser. Ninguém existe independentemente dEle, nem faz nada sem Sua concessão.

Em Varanasi, penso nEle a cada instante, compreendendo Suas lógicas, e o vejo no pensamento de muitas pessoas. Diálogos são travados em diferentes momentos e circunstâncias sobre Shiva e/ou Shakti. Há muito a se ver por todos os lados, que nos faça lembrar dEle/a, portanto, a cidade nos aproxima demais do Senhor de tudo e de todos/as. Ela nos faz meditar o tempo todo, se formos capazes disso. Desta forma, minha meditação expressa aqui algumas linhas, a partir do que Ele me fez pensar e compreender em torno de mim mesma e da experiência de estar viva.

 

Harischandra Ghat

Em Varanasi, esse é um dos dois crematórios considerados mais sagrados, sendo o outro, o Manikarnika Ghat. Na totalidade de sua área, podem-se ver, ao mesmo tempo, vários corpos sendo cremados. Pudemos compreender vários aspectos do seu funcionamento, além de experimentarmos o sentimento de impotência do corpo material, que obrigatoriamente passará por tal situação. No entanto, reforçamos, desde dentro de nós, que a vida é muito mais do que isso. Tantos corpos sendo cremados, na beira do rio Ganges, enquanto os familiares dos que deixaram a vida material externa nesse dia, executavam o último rito de um Hinduísta, compondo o cenário de um grande ato meditativo.

Esse ato na verdade enaltece o corpo material que, após concluída essa etapa que estamos experimentando no momento, precisa ser abandonado. Mas ele é enaltecido por representar importante oportunidade de existir em pleno diálogo com Shiva (e Shakti). Em nossa frente, percebíamos com clareza tal realidade. O Ganges faz parte de tal rito de conclusão de uma passagem por aqui, pois os familiares de quem nos deixou (temporariamente), conduzem o corpo abandonado até as águas da Mãe Ganga. Após alguns minutos de bençãos, ele é levado ao nicho de cremação, onde irá ser consumido pelo fogo, ao longo de três horas.

No Hinduísmo evitam-se as cenas de emocionalidade que marcam os ritos análogos a esses que pertencem a outras religiões ocidentais. O corpo deve ser levado ao crematório o mais rápido possível, após ser abandonado por quem o usava, evitando-se assim o sofrimento das pessoas que se separam daquele/a que acabou de partir para outra parte da existência. Pelo mesmo motivo, o rito final só pode ser executado por homens, já que as mulheres costumam ser mais sentimentais. Quem nos contava tais detalhes era um devoto Hinduísta, que fica sempre por ali, assessorando os recém-chegados (como nós, que ali estávamos de passagem), perante os quais costuma explicar cada detalhe de tal sanskara (rito de passagem)[iv]. Ele nos mostrou diferentes momentos da cremação, que aconteciam em concomitância, já que havia vários corpos sendo cremados ao mesmo tempo.

Um deles acabara de chegar e inclusive tínhamos cruzado com a procissão que o transportava, ainda antes das escadarias do ghat. Sua chegada ali foi recebida com música, tocada por instrumentos de percussão e outros, além de pétalas de flores que eram jogadas sobre o receptáculo de vida que agora inerte se encontrava.

Vimos devotos aghoris de Shiva presentes, os quais têm como objeto de sua religiosidade os crematórios, as cinzas dos corpos cremados, o fogo dos rituais e até mesmo aspectos de um tipo de canibalismo ainda pouco compreendido por muitos de nós. Além do que, pudemos acompanhar a finalização de outro rito, quando o fogo que acaba já terá consumido quase todo o corpo, mas, se algo restar, será jogado no rio.

Há diferentes piras sendo usadas, explicou-nos o devoto que nos falava. As que ficam mais na frente do Ganges, sob plataformas mais altas, são montadas com mais lenha, pertencendo aos que deixaram provisoriamente esse mundo, a partir de famílias das classes sociais mais abastadas da sociedade indiana. As piras situadas no meio do ghat têm menos lenha, sendo usadas por famílias de classe média. As que estão mais para o fundo, sendo montadas com menor quantidade de lenha, são usadas para a cremação de corpos dos membros de famílias economicamente mais desfavorecidas.

Desta forma, a condição social da vida irá influenciar até mesmo na constituição de tal rito de finalização da experiência de passagem por aqui. É uma pena que seja assim, pois, independentemente de sua origem social, todos/as deveriam receber a mesma homenagem final. Porém, o tamanho e a localização da pira depende de quanto dinheiro a família pode dispor quando de sua constituição. São coisas da vida material que, no entanto, conforme sabemos, refletem aquilo que está escrito no destino de cada um, a partir do seu desenho cármico. Ou seja, o que fazemos em uma ou mais das nossas vidas passadas irá refletir até mesmo na maneira como nosso corpo, no Hinduísmo, será cremado na vida atual, pois, ter mais ou menos dinheiro familiar é consequência de feitos passados. Desta forma, o Harishchandra Ghat está cheio de lições a resguardar, reeducando-nos para a existência, enquanto nos apegamos a Shiva, em busca da verdadeira liberdade de qualquer tipo de convenção desse mundo externo.

 

Mahanavratri (e Dussehra)

Estive em Varanasi na maior parte do Shardiya Navratri (Mahanavratri)[v], portanto, as reflexões que o evento provocaram se deram por meio das interações com a cidade sagrada de Shiva. A cidade abriga alguns templos da Shakti, sendo o principal deles o Durga Mandir[vi]. Durante o Durga Puja, muitos devotos passam por lá, quando se sente o poder da fé e da devoção ali presente. Durga tem tantos nomes e aparências, podendo ser vista até mesmo em alguma manifestação corpórea mal compreendida pelas pessoas que com Ela convivem sem saber se tratar dEla.

Alguns podem não compreender por que afirmo isso, mas, de fato a conheço desde as profundezas do meu ser espiritual. Durga é a origem e o fim da consciência que a natureza desenha ao desenhar a vida por força e vontade de Deus. Portanto, a vivencio enquanto entendo os mecanismos ecológicos da vida se manifestando ao meu redor, por causa de eu estar pensando como eles funcionam e o que eles promovem por serem o que resulta de uma divindade. No Durga Mandir, durante o Mahanavratri, recebe-se a benção da influência de tal Shakti sobre a vida, como ela se manifesta enquanto experiência material/espiritual, em consciência dos significados das nove noites e das nove formas que nEla estão.

As nove formas estão expostas em quadros na parede localizada à direita do altar principal, enquanto Durga, Lakshmi e Sarasvati têm seus próprios altares. Sendo assim, enquanto existem as nove noites e a meditação no Mandir, tem-se organizada compreensão de si mesmo, funcionando em coerência com a lógica do festival[vii]. No Durga Mandir, ele se esclarece ainda mais.

Então, após as nove noites, Ramachandra comemora Sua vitoriosa participação na batalha contra Ravana em Lanka. Tal demônio, tentando se apoderar da Shakti, rapta Sita, após acreditar que enganou Rama, atraindo-o para a floresta atrás de um veado dourado que, na verdade, é outro demônio disfarçado. Ravana conduz Sita ao seu reinado, mantendo-a sua prisioneira, sob ameaça de esposá-la.

Shri Ram adora as nove formas da Deusa, sendo o Navratri, a vida que se expressa enquanto tal adoração acontece. Após as nove noites, Ele enfim derrota Ravana. O Dussehra é a dinâmica de tal vitória (o vijayotsava de Ramachandra). Em Varanasi, se festeja, com sentimentos que revivem a experiência que Rama oferece a todos os devotos, a vitória do bem sobre o mal. As pessoas saem às ruas, que se tornam barulhentas, cheias de sons, fogos de artifícios, alegria e descontração.

Deus sempre vence as batalhas que trava contra demônios, influenciando a alma humana a também vencê-los, a partir do poder da fé e da devoção. Vivencio tudo isso nas ruas de Varanasi, percebendo a influência dos passatempos eternos em tudo que tenho experimentado, sendo eu mesma, um fruto do que eles (os passatempos) expressam para a humanidade.

 

Vrindavana, cidade de Krishna

Quando se chega a essa localidade, o espírito se refaz, tomando-se de alegria. É uma volta triunfante a um lugar de origem e de finalização conclusiva da vida, dos pensamentos e sentimentos. Vrindavana[viii] é um jardim sagrado, onde Radha se encontra furtivamente com Krishna todos os dias, eternamente. Mas, isso só pode ser vivenciado pela alma engajada nos significados transcendentais da cidade. Infelizmente, muitas pessoas permanecem nela sem a devida atenção ao que ela representa para a humanidade. Comportamentos desviados pelo ego humano são comuns, o que compromete muitas vezes a vivência espiritual.

Mas, no todo, o que vale é a principal conformação da experiência. Ela se dá segundo a condição da consciência que realiza a peregrinação. Os caminhantes cheios de fé, os cantos dos mantras, o aroma dos incensos e das goshala (locais onde as vacas ficam), o rio Yamuna, os templos e suas deidades, tudo inspira devoção.

Logo ao chegar, vamos primeiro ao Templo de Gopeshvara Mahadeva, tomar o darshana[ix] de Shiva, em forma de gopi[x]. Ele assume tal forma para experimentar da doçura da rasa lila[xi] com Krishna, porém, a partir da autopercepção que Ele tem em tão específico humor da Absoluta Consciência masculina. Por ter adentrado na lila dessa maneira, sendo quem é, na esfera das divindades do Hinduísmo, é Ele uma espécie de porteiro, que pode dar acesso ao passatempo de Krishna com as gopis. Além do que, adentrando no templo, se percebe nitidamente que esse aspecto da lila é uma estratégia de Bholenath para ter um templo forte dentro da cidade de Vrindavana.

Quando me refiro a templo forte, estou sugerindo um local sagrado onde os devotos congregam com fervor devocional, muitos devotos. Sendo essa uma cidade sagrada de Krishna, nela há muitos seguidores das sampradaya Vaishnavas (devotos de Vishnu). Dentre eles, muitos não compreendem que Harihara seja um só, ou seja, que Krishna e Shiva é Um (e o mesmo Deus). Mas, no Templo de Gopeshvara Mahadeva, tem-se a mesma sensação que se tem em outros templos onde Shiva é adorado como supremo.

Apesar disso, a maioria dos templos de Vrindavana são dedicados a Krishna mesmo. O Rangnath Ji Mandir[xii] é bem clássico, da Shri Sampradaya, onde se pode ver Ele na forma de Vishnu; e Radha em Shri e Bhu (duas formas em Uma). Outros templos são muito visitados, sendo as principais deidades da cidade: Radha Ramana[xiii], Banke Bihari[xiv], Radha Vallabha[xv], Radha Damodara[xvi] e Radha Shyamasundara. Templos de linhas específicas são o Krishna Balarama Mandir (da Iskcon)[xvii] e o Prem Mandir (de Kripalu Parishat). Há também os Templos de Katyayani, Bankhandi Mahadev, Hanuman Garhi, dentre outros. Ainda, Keshi Ghat, Vamshi Vata, Seva Kunja são todos nichos sagrados da lila transcendental em Vrindavana.

Portanto, mesmo as ruas da cidade são impregnadas de Radha Krishna, pois, todos os lugares já mencionados são propícios ao estabelecimento de bhava – mistura de sentimentos/pensamentos que nos tomam. O que nos resta fazer, enquanto devotos, é deixar-nos fluir através da experiência, contribuindo para que a esfera se mantenha como ela originalmente é. Isso exige um pouco mais do que apenas fé, pois, é preciso haver atitude congregacional e respeitosa para com todas as maneiras de compreender Deus, de compreender Radha Krishna (Shiva Parvati). Aceitar a diversidade na unidade que a Índia representa para nós, que seguimos, de alguma maneira, os ritos e os calendários do Hinduísmo, em sua íntegra ou em alguma de suas inúmeras especificidades, é fundamental. Isso apenas fortalece quem nós somos e o que desejamos propagar na Terra, independentemente do país no qual tenhamos nascido.

 

Diwali (e Lakshmi Puja)

O Diwali[xviii] é um momento de transição para o novo, quando se espera que aquilo que já não merece mais permanecer na nossa vida seja superado. No lugar do que já passou, que haja uma condição renovada. Isso pode ser um jeito diferente de se relacionar com as pessoas com quem usualmente convivemos ou uma maneira nova de estar no ambiente de trabalho. O novo pode trazer outro momento da nossa interação criativa com a nossa divindade principal, seja Krishna, Radha, Shiva, Parvati (ou outra).

Ou pode-se desejar uma mudança que envolva todas essas questões ao mesmo tempo, de modo a nos fortalecer para a vida devocional, para bhakti yoga e/ou para manasi seva. Bhakti yoga é ação engajada para com Deus – Krishna, Mahadeva, Shakti -, sem apegos pelos frutos do que devemos realizar como parte dos nossos compromissos para com Ele/a. Manasi seva é um serviço ainda mais na intimidade com a Pessoa Suprema, pois, compreende o uso do nosso poder de pensar para servi-Lo através do pensamento, vivificado na experiência divina com Ele/a.

Sendo assim, o Diwali, que experienciamos enquanto estávamos em Vrindavana, um festival de cinco dias de duração, pode empoderar um devoto. Desde que se compreenda com clareza o que ele significa dentro da vida e como vivenciar seu significado prático na realidade que nos contém, pode-se de fato dar direcionamentos muito relevantes para a vivência devocional da existência. O ápice do evento é o Lakshmi Puja (Ganesha e Sarasvati Puja), que coincide com o Kali Puja (em estados do sul da Índia), o Kedar Gauri Vrat, o Anvadhan e o Darsha Amavasya.

Lakshmi, Ganesh e Sarasvati é a divindade de fato da abertura para trazer mais sorte para a vida, de maneira inteligente e sem bloqueios. O Kali Puja é adoração à divindade que vence tantos demônios (Durga em tal humor), libertando a vida material de comprometimentos que nos são causados por espíritos malévolos e pecaminosos. O Kedar Gauri Vrat é um voto que se faz para Shiva Parvati, também associado a mudanças para o mundo onde estamos. O Anvadhan é o festival do fogo sagrado de Vishnu, ou seja, das chamas que flamejam nas próprias oferendas à Lakshmi, a Esposa dEle. O Darsha Amavasya é o último dia de um ciclo lunar, o qual marca a quase entrada na lua nova do Kartika, segundo o calendário que eu sigo. Ou seja, o Diwali, como o experimentei em Vrindavana, é sim tempo de renovação, a partir da regência de Radha Krishna (Lakshmi Vishnu), sob a influência de muitas divindades.

 

Mensagem de Conclusão

A Índia é, portanto, uma terra muito sagrada para quem consegue percebê-la como tal. Talvez para as pessoas que se devotam a outras religiões, seja difícil compreendê-la da maneira como aqueles que seguem o Hinduísmo a compreendem. Trata-se do país mais populoso do planeta no momento, onde a desigualdade social é muito marcante. Há uma grande proporção da sociedade indiana que vive abaixo de uma calamitosa faixa de pobreza. As florestas são muito escassas, os rios sagrados estão poluídos e as ruas de algumas cidades cheias de resíduos sólidos acumulados.

A princípio, quando se olha para ela, a partir de olhos meramente mundanos, não se consegue perceber sua vibrante espiritualidade. Mas, quem se deixa embrenhar nas esferas sutis das divindades, dos seus templos e das demais manifestações devocionais, as quais abundam, principalmente, em cidades sagradas, como Varanasi e Vrindavana, reconhece com clareza de consciência o poder divino que o país nos expressa. No presente artigo, apresentei um pouco do que pude experimentar, na parte inicial da viagem que realizamos, entre os meses de outubro e dezembro de 2023. Tínhamos permanecido alguns anos sem visitá-la, devido à pandemia do coronavírus e a outras questões físico materiais.

Então, ao voltarmos, a encontramos espiritualmente saudável como sempre, apesar das mudanças políticas e econômicas que observamos. Um governo neoliberal, que há algum tempo, está em frente à sua administração, tem causado preocupações para os humanistas. Entre tantas, fomos pegos de surpresa, em Varanasi, por uma taxa de visitação, que foi recentemente estabelecida para visitantes que queiram tomar o darshana de Shri Kashi Vishwanath, um jyotirlingam tão importante de Shiva.

A pobreza aumentando também é fruto de tal tipo de proposta governamental, mas, de maneira geral, a espiritualidade supera tudo. Mesmo que haja fontes de sofrimento para o corpo, a mente e as emoções, somos muito mais fortes quando nos devotamos ao objeto do nosso amor espiritual. É assim que a Índia nos comove, nós, que somos Hinduístas Integrais, nascidos em um país do ocidente, mas, intensamente engajados nesse yoga, no qual a vida é puro ensinamento transcendental.

Notas

[1] Seguimos o panchang disponível em: https://www.drikpanchang.com/. Acessado em: 13 nov., 2023.

[ii] Fundamos uma linha devocional, baseada no Sistema Filosófio-Religioso Neo-Bhagavata. Mais detalhes em https://jardinsdekrishna.com/nossa-historia/.

[iii] Algumas informações turísticas básicas sobre Varanasi (Kashi) podem ser encontradas em https://kashibanaras.com/about-varanasi-kashi/. Acessada em 13 nov., 2023.

[iv] Mencionam-se 16 sanskaras ou ritos mais importantes (entre o total de 40), que purificam corpo, mente e consciência dos devotos hinduístas. Eles marcam diferentes momentos da vida, para os quais existem celebrações específicas, desde a concepção à morte do corpo. Alguns exemplos são: Garbhadhana é cerimônia de concepção realizada por casais desejosos de ter um filho; Pumsavana, para dar proteção à vida do feto do bebê já concebido; Jatakarma, para o nascimento da criança; Namakarana é o rito de dar nome ao recém-nascido; Annaprasana, para quando o bebê já tem seu primeiro dente e pode comer comida sólida cozida; Vidyarambha é o rito da alfabetização (aos cinco anos de idade); Praishartha, quando começa a aprendizagem dos Vedas; Vivaha é o rito de casamento; Antyeshti é o rito funeral (ou final do corpo). Informações obtidas em: https://www.prathaculturalschool.com/post/16-sanskaras-in-hinduism. Acessado em: 13 Nov., 2023.

[v] Navratri significa “nove noites”. Trata-se de um festival que ocorre quatro vezes ao longo do ciclo anual, sendo celebrado nos templos, residências e em todos os lugares possíveis. Trata-se da celebração da vitória sobre o mal, além de ser uma oportunidade grandiosa para meditar em torno de fortalecimento espiritual, iluminação pessoal e amadurecimento para a vida. O Shardiya Navratri ou Mahanavratri é o principal dos quatro eventos anuais, ocorrendo no outono da Índia.

[vi] Ver mais detalhes em https://www.varanasi.org.in/durga-temple. Acessado a: 13 nov., 2023.

[vii] Informações sobre as nove formas de Durga, disponível em: https://rgyan.com/blogs/navadurga-9-divine-forms-of-goddess-durga. Acessado a: 13 nov., 2023.

[viii] Alguns detalhes sobre Vrindavan, em: https://vrindavan.com/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[ix] Darshana é a benção oferecida pelo oportunidade da contemplação divina.

[x] Gopi é vaqueirinha, amante de Krishna. Existem infindáveis gopis no Céu Espiritual de Vrindavana.

[xi] Passatempo eterno com Krishna, em humor conjugal, participando da dança amorosa que Ele executa com Suas amantes, as gopis.

[xii] O sítio oficial do templo está em: https://www.srirangjimandir.org/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xiii] O sítio oficial do templo está em: https://www.shriradharaman.com/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xiv] O sítio oficial do templo está em: https://www.bihariji.org/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xv] O sítio oficial do templo está em: https://www.radhavallabhmandir.com/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xvi] O sítio oficial do templo está em: https://www.radhadamodarmandir.com/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xvii] Iskcon Vrindavan em: https://www.iskconvrindavan.com/. Acessado a: 13 nov., 2023.

[xviii] Imagens do Diwali disponíveis em: https://www.theguardian.com/lifeandstyle/gallery/2023/nov/13/diwali-the-hindu-festival-of-lights-in-pictures. Acessado a: 13 nov., 2023.

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